segunda-feira, 2 de agosto de 2021

ATIVIDADE DA 1ª QUINZENA: de 02 a 13 de ago.:

 


INSTRUÇÃO: LEIA OS TEXTOS ABAIXO. AO FINAL DO MESMO, FAÇA O QUE SE PEDE:

ANALFABETISMO:

A incapacidade de ler e escrever é denominada analfabetismo ou iliteracia, enquanto que a incapacidade de interpretar textos simples é chamada analfabetismo funcional ou semianalfabetismo. No período pós-guerra o alfabetismo era visto sob uma perspectiva simplista de «saber ler, escrever e contar» [...] A partir da década de 60 esta visão alterou-se e passou a predominar uma visão mais funcional do conceito.

Em alguns países da Europa, como França e Inglaterra, por exemplo, respectivamente, uma pessoa, para ser considerada alfabetizada, dever ser capaz de sintetizar (resumir a sua vida em poucas linhas) e acessar a Internet, sabendo, inclusive, como enviar anexos “atachados”.

ANALFABETISMO FUNCIONAL:

Analfabetismo funcional é a incapacidade que uma pessoa demonstra ao não compreender textos simples. Tais pessoas, mesmo capacitadas a decodificar minimamente as letras, geralmente frases, textos curtos e os números, não desenvolvem habilidade de interpretação de textos e de fazer operações matemáticas. Também é definido como analfabeto funcional o indivíduo maior de quinze anos possuidor de escolaridade inferior a quatro anos letivos.

NÍVEIS DE ANALFABETISMO FUNCIONAL:

Existem três níveis distintos de alfabetização funcional, a saber:

Nível 1, também conhecido como alfabetização rudimentar, compreende aqueles que apenas conseguem ler e compreender títulos de textos e frases curtas; e apesar de saber contar, têm dificuldades com a compreensão de números grandes e em fazer as operações aritméticas básicas.

Nível 2, também conhecido como alfabetização básica, compreende aqueles que conseguem ler textos curtos, mas só conseguem extrair informações esparsas no texto e não conseguem tirar uma conclusão a respeito do mesmo; e também conseguem entender números grandes, conseguem realizar as operações aritméticas básicas, entretanto sentem dificuldades quando é exigida uma maior quantidade de cálculos, ou em operações matemáticas mais complexas.

Nível 3, também conhecido como alfabetização plena, compreende aqueles que detêm pleno domínio da leitura, escrita, dos números e das operações matemáticas (das mais básicas às mais complexas).

O PROBLEMA DO ANALFABETISMO FUNCIONAL NO BRASIL:

Conforme dados de 2005 do IBOPE[1][2], no Brasil o analfabetismo funcional atinge cerca de 68% da população (30% no nível 1 e 38% no nível 2). Somados esses 68% de analfabetos funcionais com os 7% da população que é totalmente analfabeta, resulta que 75% da população não possui o domínio pleno da leitura, da escrita e das operações matemáticas, ou seja, apenas 1 de cada 4 brasileiros (25% da população) é plenamente alfabetizado, isto é, está no nível 3 de alfabetização funcional.

O censo 2010 mostrou que uma entre cinco pessoas (20,3%) são analfabetas funcionais. O problema maior está na região Nordeste, onde a taxa de analfabetismo funcional chega a 30,8%.

Em 2012, o Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Educativa divulgaram o Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf) entre estudantes universitários do Brasil e este chega a 38%, refletindo o expressivo crescimento de universidades de baixa qualidade durante a última década.

Esses índices tão altos de analfabetismo funcional no Brasil devem-se à baixa qualidade dos sistemas de ensino, à falta de infraestrutura das instituições de ensino e à falta de hábito e interesse de leitura do brasileiro. Em alguns países desenvolvidos e/ou com um sistema educacional mais eficiente, esse índice é inferior a 10%, como na Suécia, por exemplo.


A SEQUÊNCIA DE ACASOS QUE LEVOU À DESCOBERTA DO BIG BANG
Até meados dos anos 1960, não havia evidência que sustentasse a teoria da Grande Explosão


BBC News
Adaptado da série 'The Genius of Accidents'

Muitas das grandes descobertas da ciência só vieram após extensas pesquisas, cálculos rigorosos e procedimentos controlados em laboratório. Parte delas, contudo, é resultado de uma combinação de erros, acasos e acidentes - a teoria do Big Bang é um exemplo.

A origem do Universo foi descoberta em um lugar em que ninguém buscava. E foi formulada graças a uma descoberta fortuita anterior - a que deu origem à radioastronomia, ramo da astronomia que estuda as radiações eletromagnéticas emitidas ou refletidas pelos corpos celestes.


"Na década de 1930, os laboratórios Bell estavam tentando criar radiotelefones, mas havia um sinal que estava interferindo nas transmissões pelo Atlântico. Pediram a Karl Jansky (físico e engenheiro de rádio) para investigar", contou à BBC News Sara Bridle, professora de astrofísica da Universidade de Manchester.


"Jansky elaborou um receptor de rádio especial para captar ondas de rádio em todas as direções. Foi chamado de 'carrossel de Jansky' porque rodava para localizar os lugares de onde vinham essas ondas", conta Bridle.


"Eventualmente, Jansky se deu conta de que elas vinham da constelação de Sagitário, que é onde agora sabemos que está o centro da Via Láctea", completa a professora.


Ela explica que esse foi o primeiro registro de ondas de rádio que vinham de fora da Terra e do Sistema Solar - e o início da radioastronomia, que abriu uma janela completamente nova para que o homem explorasse o Universo.


"Foi pura casualidade. E sequer foi um astrônomo", acrescenta a astrofísica Sara Bridle.

Descoberta importante


A descoberta foi importante porque revelou todo um pedaço do Universo que ainda era completamente invisível e, por isso, desconhecido.

Para o astrônomo Nial Tanvir, era como estar num quarto com pouca luz, observando assustado tudo o que se podia enxergar e, de repente, alguém aparece com um óculos de visão noturna.


"Se vamos além dos limites do que vemos com nossos olhos, temos o infravermelho, o micro-ondas, radio-ondas e, em outra direção, raios X e Y. Se usamos esses outros tipos de luz, normalmente nos deparamos com processos diferentes do que os que vemos com os nossos olhos", explica Tanvir.

A origem do Universo é, por excelência, um desses processos - comprovado graças ao acaso, que ajudou a demonstrar empiricamente o chamado Big Bang, ou Grande Explosão.


"A ideia do Big Bang, do ponto de vista teórico, é que num momento no passado, toda a matéria e toda a energia do Universo estava um único lugar e logo explodiu. Essa explosão marcou o início do tempo e da expansão do espaço, partindo do nada, e a expansão continua acontecendo", resume Tanvir. "Soa como uma teoria louca, mas é o que a matemática nos diz", completa o astrônomo.


A teoria da Grande Explosão ganhou força durante o século passado. No entanto, até meados dos anos 1960, ainda faltavam provas contundentes para derrubar teorias alternativas.


A evidência que faltava veio à tona graças à radiação cósmica de fundo em micro-ondas (CMB, na sigla em inglês), outro acaso.


"A descoberta da CMB foi feita por pessoas que nem sequer estavam procurando (a origem do Universo)", assinala a professora de astrofísica Sara Bridle.


Tudo começou com Arno Penzias e Robert Woodrow Wilson trabalhavam com uma antena supersensível - com design digno de filme de ficção científica (veja na foto abaixo) - desenhada para detectar as ondas de rádio emitidas pelos echo balloon satellites, satélites em formato de balão.

Penzias e Wilson usavam essa antena para detectar ondas de rádio quando se depararam com um ruído estranho




Eventualmente, "os pombos foram capturados e mandados para um lugar distante". Mas os animais voltaram e "contar o que fizemos com eles não é, provavelmente, politicamente correto", disse o cientista.

Para medir as ondas, elas precisavam eliminar todo tipo de interferência que viesse de outras fontes.


Quando fizeram isso, os pesquisadores se depararam com um ruído desconhecido e persistente, "um sinal fraco, mas facilmente detectável, que não vinha de nada na Terra nem no Sistema Solar, nem mesmo da nossa galáxia", diz Tanvir, relembrando a história.


Esse sinal vinha de todas as direções.


Para medir as ondas, elas precisavam eliminar todo tipo de interferência que viesse de outras fontes.


Quando fizeram isso, os pesquisadores se depararam com um ruído desconhecido e persistente, "um sinal fraco, mas facilmente detectável, que não vinha de nada na Terra nem no Sistema Solar, nem mesmo da nossa galáxia", diz Tanvir, relembrando a história.


Esse sinal vinha de todas as direções.

Um ruído incômodo


Em todos os lugares eles encontravam o mesmo "calor de fundo", como o próprio Penzias explicou em uma entrevista à BBC no final dos anos 70, referindo-se à energia emitida pelas ondas.


"Nos surpreendeu, ou melhor, no início, ficamos irritados. Ao invés de obter um bonito e impecável zero que esperávamos para a Via Láctea, obtivemos um resultado que era 100 vezes maior que o previsto: uma temperatura de quase quatro graus", contou Penzias.


"E esses quatro graus eram o resultado depois que todas as 'contribuições' do solo, da atmosfera e da antena tinham sido subtraídas", reforçou.


Em busca de uma explicação para o que estava acontecendo, eles consideraram várias possibilidades, entre elas algumas ideias insólitas.


"A maior suspeita vinha de alguns pombos que visitavam a antena - sempre tínhamos que limpar os 'rastros' que elas deixavam", disse ele, referindo-se às fezes das aves.


O que está por trás da explosão



Apesar de terem sumido com os pombos, o som irritante não desapareceu. Eles ainda não tinham ligado o barulho ao Big Bang - mas, afinal, quem pensaria nisso?

"Eles estavam realmente confusos e, por acaso, um amigo comentou que havia um grupo de físicos teóricos que estava bem ali perto tentando justamente decifrar o que havia acontecido depois do Big Bang", conta Bridle.


"Em teoria, esperaria-se que houvesse muita luz deixada pela grande explosão do Big Bang, luz que estaria presente hoje", diz a professora. "Então eles ligaram para os físicos e perceberam que o que tinham encontrado era exatamente o tipo de sinal que aquela explosão emitiria."

Eles haviam encontrado a base da cosmologia moderna.

COM BASE NA LEITURA DO TEXTO ACIMA, RESPONDA:

1) Qual é a importância da alfabetização verdadeira?

2) Afinal de contas o que é o Big Bang?

3) Quais foram as evidências que corroboraram a teoria do Big Bang? Explique cada uma delas.

4) Descreva com as suas próprias palavras a teoria do Big Bang.


REFERÊNCIAS

ALFABETIZAÇÃO. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2020. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Alfabetiza%C3%A7%C3%A3o&oldid=59444263>. Acesso em: 25 set. 2020.

A sequência de acasos que levou à descoberta do Big Bang. BBC News. Adaptado da série 'The Genius of Accidents'. Fonte: Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/geral-45170971>. Acesso em 11 de mai. 2020.

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